
Penso em não voltar aquele campo cor de rosa cheio de memórias vivas. Permaneço em casa na minha varanda a escutar a nossa música para te sentir ao pé de mim.
Eu sinto-te aqui, por muito que não queira admitir, acredito que me estás a abraçar e a dizer que tudo irá correr bem.
Sinto-me a escorregar e a cair no buraco negro que existe no meu interior. Não! Eu não quero recorrer à estupidez, não quero recorrer à inocência. Eu quero ser forte e continuar a minha vida. A minha triste vida que foi arruinada por ti.
Fujo então para o meu quarto e enfio-me dentro dos lençóis. Sinto-te a abraçar-me, e cheia de medo tento adormecer. Mas não consigo. O sono é meu fiel inimigo e reviva-me as tuas memórias.
Fico então acordada no fundo do meu buraco.
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